CRÔNICA
A crônica é um dos mais antigos gêneros jornalísticos. No Brasil, surgiu há uns 150 anos, com o Romantismo e o desenvolvimento da imprensa.
O gênero, crônica, é o resultado da visão pessoal, subjetiva, do cronista diante de um fato qualquer, colhido no noticiário do jornal ou no cotidiano. Quase sempre explora o humor; às vezes, diz as coisas mais sérias por meio de uma aparente conversa fiada; outras vezes, despretensiosamente, faz poesia da coisa mais banal e insignificante.
Registrando o circunstancial do nosso cotidiano mais simples, acrescentando, aqui e ali, fortes doses de humor, sensibilidade, ironia, crítica e poesia, o cronista, com graça e leveza, proporciona ao leitor uma visão mais abrangente, que sai além do fato; mostra-lhe, de outros ângulos, os sinais de vida que diariamente deixamos escapar de nossa observação.
Portanto, foi através do projeto de apresentar o cotidiano do aluno que a Professora de Língua Portuguesa e Literatura, Iracilde Rosane da Rocha, num espírito de competência e prazer, trabalhou junto aos 3’s anos a crônica, a qual, passou por uma leitura criteriosa e foram escolhidos os melhores textos de cada turma. Participe também e escolha a melhor dos 3’anos.
A alegria de se apaixonar
Fernanda Teixeira
Maico Jeffi Josefino
Domingo de sol, passei na sorveteria e vi uma mulher, morena, um metro e sessenta, cabelo com cacheado perfeito e lindo, olhos azuis. Que tipo de feitiço tinha naqueles olhos?! Eu não faço ideia.
Cresceu em mim um desejo enorme de conversar, perguntar seu nome... Mas eu nunca a vi. Pensei um pouco e tive uma ideia.
Aproximei-me dela bem descontraído, fingindo que já a conhecia antes, mas não me lembrava de onde. E nesta mesma conversa eu descobri o nome dela, Daniela. A conversa ficou tão interessante que ela nem percebei que não nos conhecíamos de verdade.
Convidei-a para sair. Ela não recusou.
Nós nos víamos quase todo dia. Jogávamos boliche, passeios nos shoppings, lanchonetes, sorveteria e o que mais me alegrava, trocávamos cartinhas. O tempo passava, e a cada dia meus sentimentos ficavam mais fortes. Ela era tão carinhosa... tão linda... tão... TUDO.
Marcamos de ir ao cinema, filme clássico, de romance. Estava pronto para me declarar e pedi-la em namoro. Com a aliança na mão, no clima do filme me ajoelhei e disse aquelas belas palavras que foram respondidas com um sereno e tradicional ‘’Ah, somos apenas amigos’’.
Fernanda Teixeira
Maico Jeffi Josefino
Professora Iracilde Rosane da Rocha L.P.L. – 3’6
A boca fala o que o olho vê
Elisama Rodrigues Alexandre da Silva
Era verão. Minha família e eu estávamos passando o final de ano na praia. Estava um dia de sol muito bonito. O mar estava calmo. As senhoras conversavam e riam sem parar lembrando de sua mocidade. Os senhores, barrigudos, só pensavam em dormir. As moças tomavam sol. Os rapazes apreciavam mulheres bonitas, caminhavam jogavam futebol e as crianças faziam castelinhos de areia, comiam, choravam. Era sempre assim, com exceção de uma prima minha e um quase primo meu.
Os dois viviam um romance. Aquele que todo mundo desconfia mas ninguém tem coragem de afirmar. Eu com cinco, sies anos, ficava encabulada, de olhos atentos a qualquer movimento deles. À hora do almoço havida chegado e a “parentada” começou a ir pra casa preparar o alimento. Todos foram, menos os dois e eu. Ficaram sozinhos, quer dizer “quase sozinhos.”
Compraram-me um refrigerante para me agradar. Eu estava ali entretida me refrescando quando os dois beijaram-se ardentemente. De olhos arregalados, fingi não ver, disfarcei, olhei para o mar. Quando terminaram o beija-beija, pergunto-lhes se estão namorando. Os dois riem, mas ficam quietos. O sol começou a esquentar e eles decidiram ir embora.
Ao chegarmos em casa, sai gritando e contando feito um pombo correio a todo mundo, que estavam namorando.
O casal ficou vermelho, mas, aprendeu a lição que não se deve beijar na frente de crianças quando não se quer que saibam que você está namorando.
Elisama Rodrigues Alexandre da Silva
Professora: Iracilde da Rocha
Série: 3 ano 3
Língua Portuguesa e Literatura
Igualmente diferentes
Jefferson Justino Leite
Jonathan Douglas Machado
Sentado naquele velho banco, no meio da manhã, eu a vi. Senti-me diferente no mesmo instante. Ali percebi que nossas vidas seriam intimamente ligadas.
O tempo foi passando e eu, a cada dia mais, observando seus passos, o seu jeito, do que gostava, e o que não gostava, do que fazia e do que não queria fazer. Fui tomando coragem aos poucos para aproximar-me dela. Não esperava que nossas vidas seriam tão diferentes e tão iguais ao mesmo tempo.
Naquela manhã de março tomei coragem e fui falar com ela. Não esperava uma aceitação tão rápida. O jeito em que me abraçou e falou comigo naquele dia encataram-me. Conheci um novo mundo ao seu lado. Aprendi a aceitar as diferenças. Nunca contei que antes eu não compreendia essas ações, mas aprendi a respeitar e a lidar com isso. Começou um amadurecimento em que eu não estava preparado, e a dar valor às coisas simples.
Como disse Cazuza “nossos destinos foram traçados na maternidade”. Vejo nossa convivência como um relacionamento conjugal, não por mim mas por ela.
Só sei que nossos destinos foram traçados e seja amizade, seja um relacionamento mais intimo, sempre estaremos juntos.
Jefferson Justino Leite
Jonathan Douglas Machado
Professora Iracilde da Rocha L.P.L. 3° 2
A ponte
Rodrigo de Gracia Antunes
Thaís Back
Era inexplicável descrever o local onde me encontrava. O céu estava tenebroso, as ondas lutavam entre si no vasto mar. Não tinha sentido o que estava acontecendo. Não lembro de nada do que estava fazendo antes, só sei que eu me encontrava sozinha numa praia. Comeceiacaminhar devagar. Olhei atentamente para todos os lados, para ver se havia alguma pessoa naquele “fim de mundo”, mas não encontrei.
Comecei a desesperar-me. Em minha cabeça tudo estava girando cada vez mais depressa. O mar começou a ficar mais agressivo do que antes, indo para todas as direções e criando ondas muito altas. Comecei a correr o máximo que eu conseguia para poder encontrar alguém. Surgiu uma ponte enorme. Não conseguia ver aonde ia dar, mas mesmo assim corri em direção a ela com esperanças de encontrar pessoas do outro lado.
Havia andado longos minutos na ponte, até que decido parar um pouco para descansar e ver o mar, que estava menos agitado que antes. Olho para trás, verificando a distância percorrida naquela ponte. Vejo os dois lados cercados pela neblina fazendo-me pensar que já estava perdida e sem rumo. Imaginei logo, que poderia ser uma miragem. Finalmente encontro pessoas, mas não pareciam normais. Eram mortos vivos sem expressões e sem ação. Tentei de todos os modos chamar a atenção deles, mas nada resolvia.
Logo deparo-me com um extenso espelho que me impedia de seguir adiante . Aproximei-me dele e não pude acreditar no que via: o espelho refletia um cenário oposto daquele que havia presenciado. O tempo estava agora radiante e belo, e as pessoas felizes. Alguma coisa dentro de mim dizia queaquele espelho tinha algum significado.
Diante de tanta incoerência, refleti e percebi que o espelho apenas queria me mostrar que deveria ser eu mesma, fazer meu próprio destino e, tudo fez sentido. As pessoas até então felizes eram apenas robôs, criados pela sociedade para fazer o que ela determinava, sendo obrigados a seguir suas regras e padrões.
Aquele sonho poderia ser uma loucura, mas eu vivia isso. Não me importava com as conseqüências,mesmo se tivesse que me corromper-me. Mas aquele sonho não tinha fim. Seria mesmo um sonho? Sem saber como escapar daquilo, aceitei o fato de que não sabia mais o que era real, pois minha psique não respondia nem processava corretamente.
Só sabia de uma coisa: deveria fazer algo que mudasse aquilo para eu ser feliz. Fazer uma nova identidade, pois não seria mais uma simples e covarde escrava da sociedade.
Rodrigo de Gracia Antunes
Thaís Back
L.P.L. Professora Iracilde Rosane da Rocha – 3’1
Jardim de infância
Franciele dos Passos
Matheus H. Daré
Lembro-me como se fosse hoje. As nuvens bem cheias pareciam grandes algodões, e no céu formavam diversos desenhos. Era um período que não havia medo.
Naquele dia em especial, eu havia ganhado um tênis da minha avó. Ele era branco com detalhes azuis. As minhas cores favoritas. O seu charme estava nas luzes vermelhas que piscavam a medida que eu pisava no chão.
Os minutos que aconteceram na quadra são os únicos momentos que eu não lembro muito bem.
Eu estava brincando de futebol quando um menino chamado Bruno chutou a bola a qual que ficou presa na grade de proteção. O menino sem medo, -o herói da turma- iria se tornar um jovem antes do tempo. Os alunos já se retiravam da quadra. Como eu estava com a bola resolvi pega-la. Era moleza! Comecei a subir aos poucos, mas o tênis novo era escorregadio e dificultava a subida. A quase um metro da bola meu dedo engatou na grade. Fiz um esforço para me livrar dela mas meus pés não agüentaram meu peso e logo caí. Havia caído por cima da mão direita. Quebrei três dedos.
Eu já tinha andado uns dez metros, mantendo todo ar de herói e não queria chorar na frente dos meus amigos. Havia perdido um dedo, e a primeira coisa que pensei ‘a mamãe vai me matar’. A ultima lembrança que tenho do jardim de infância é dos meus amigos em frente à sala chorando. Nunca mais vi algum deles. Nesse mesmo ano aprendi sobre solidariedade que ameniza a dor, alguns anos mais tarde sobre o amor que é capaz de dar a vida e a alegria que se recupera quando nascemos de - novo.
Franciele dos Passos
Matheus H. Daré
3º ano 5
Iracilde Rosane da Rocha – L.P. L.
Leia você também
Jenifer Samantha Scherer
Jéssica Silveira dos Santos
Estava pedalando em minha bicicleta amarela, o que faço todos os dias. Porém mesmo sem conhecer todas as pessoas a quem eu entregava os jornais elas me parabenizavam. Eu apenas agradecia com curiosidade, mas com receio de perguntar o porquê.
Estava um dia nublado, jornais hoje, amanhã... jornais... para sempre. Encontrava-me tão preocupado em entregá-los às casas que não tive tempo para dar uma espiada nas manchetes. Qual foi a última vez que li o jornal que eu mesmo entregava?
Antes de chegar em casa parei em uma lanchonete disposto a deliciar-me com uma coca-cola bem gelada. Enquanto o garçom me trazia o refrigerante, peguei o jornal e logo depois de ter passado pela folha de classificados, vi uma enorme homenagem onde dizia “ Parabéns por ser mais um trouxa a comprar este jornal”.
Jenifer Samantha Scherer
Jéssica Silveira dos Santos
Professora Iracilde Rosane da Rocha L.P.L. 3º05
Manequim humano
Andresa Nunes Gomes
Jaqueline Rocha de Leão
Numa sexta-feira agitada, o shopping estava movimentado devido ao fim de ano que se aproximava. Eu e minha irmã, Katiane, estávamos á procura de uma roupa perfeita, para nos destacarmos na festa [o que tínhamos, não estava de acordo com o local que íamos]. Seria numa praia em Balneário Piçarras, mas mesmo diante de um local tão simples, precisaríamos de um look que nos deixasse lindas para a virada de ano.
Entramos em várias lojas. Provamos várias roupas, como sapatos, vestidos, bermudas, camisetas de diversas cores, porém nada nos agradou. Passamos em frente a uma ótica e entramos. Vários óculos solares, de diferentes modelos enfeitavam a vitrine e, como toda mulher, que é consumista, compramos um modelo. Minha irmã queixou se do suposto problema de visão que ela tinha ao olhar alguns óculos de grau. Como a preguiça não a deixava visitar um oftamologista, a dificuldade de enxergar o mundo nitidamente passou a ser uma condição para ela.
Em certo momento,cansadas,decidimos entrar em uma última loja. Nela, havia uma moça de pele muito branca que esperava no lado de fora do provador. Eu ia citando o que achava para a minha irmã e resolvi provar um vestido todo branco, próprio para o reveillón.Apontei para a direção das araras, onde havia achado o vestido. Numa dessas, diversas camisetas brancas estavam em ordem de nemeração,penduradas nos cabides. Eu disse para a minha irmã que a do manequim chamou-me a atenção. Ela se aproximou da mulher de pele clara e tocando na blusa dela disse:
- Não! Essa malha...é tão podrinha...! Será que nessa loja não tem nenhuma roupa que preste?
A mulher se assustou e nesse exato momento, as bochechas de minha irmã começaram a ficar rosadas e,
para se retratar,envergonhada, Katiane disse:
- Desculpe moça... é que eu a confudi com um manequim por engano. Você é tão branquinha... hã...bonitinha...
Mas, mesmo assim, nenhuma das explicações seria o bastante para justificar tamanha ofensa. Pelo menos essa situação serviu para que minha “maninha” se habilitasse a usar um bom par de óculos...
Andresa Nunes Gomes 3 01
Jaqueline Rocha de Leão 3 01
L.P.L. Porf: Iracilde Rosane da Rocha
Meus 17 anos
Kamila Motta
Hoje é um dia muito especial para mim, pois faço 17anos. Farei uma festa de aniversário, com todos os meus amigos e familiares. Encomendei muitos doces, com bolo e alguns salgadinhos e fiz uma bela decoração ao meu gosto.
Aqui estou com meus amigos e minha família, nos divertindo e comemorando essa data tão especial. Tem uma música tocando ao fundo, na qual eu adoro. Convido alguns dos meus amigos para dançar, eles me acompanham rindo muito das coreografias.
Sobre a cama, em meu quarto, os presentes. Abro um por um. Começo com o presente de minha mãe é um arco de cabelo prata e um estojo de maquiagem. Agora vou abrir o de uma amiga, é uma blusa linda que eu amei. Abro mais alguns, e gosto de todos. De repente vejo meu namorado de surpresa ao meu lado, ele veio me trazer seu presente. Desenrolo o laço entre o papel de presente que ele trouxe-me. É uma caixinha. Quando a abro vejo uma linda aliança a qual sempre sonhei. O agradeci com beijos e abraços. Chega minha avó atrasada, me entrega um belo vestido e me da os parabéns, digo-lhe que gostei e a agradeço. Agradeço os presentes. Adorei todos.
Chega a hora de cortar o bolo, um grande bolo de sensação, parece ser muito gostoso. Começa-se a cantar parabéns e fico tão emocionada com essa ocasião que parece um sonho, a festa está do jeito q sempre imaginei. Estamos comendo o bolo, os salgados estão uma delicia. Recebo vários comentários dos convidados sobre a festa, me dizem que esta muito boa.
E agora chega a pior parte, o fim da festa, poistodos estão indo embora. Despeço-me de cada um com muito carinho e agradecida por terem vindo. Logo depois vou dormir pensando na noite maravilhosa que tive e pensando que ano que vem vou fazer um aniversário melhor do q esse, pois vou fazer 18 anos, essa será uma data muito mais especial, pois 18 anos é a idade de adquirir novas responsabilidades.
Kamila Motta
L.P.L. Prof. Iracilde Rosane da Rocha 3’3
Mudando a infância
Kethlyn M. Lourenço
Michele C. Cerqueira
Numa tarde ao passar por uma casa qualquer olho pela janela e me deparo com uma cena que está se tornando rotineira: Uma criança trancada dentro do quarto, vidrada no seu vídeo-game, onde o sol não lhe alcança.
Vendo tal cena a nostalgia tomou conta de mim. Lembrei-me dos muitos dias correndo nas ruas, brincando de pega-pega, alerta, taco, bolinha de gude e o famoso futebol. Pensei na minha mãe apreensiva em dias de chuva, pois não havia modo de prender uma criança dentro de casa. Exausta pelo esforço de entreter os filhos acabava por permitir o banho ao ar livre. Esses dias eram de festa, todas as crianças se encontravam na rua para brincar nas poças que se formavam.
Quantos ralados no joelho me renderam aqueles passeios de bicicleta, aquelas tardes com meu patinete e as voltas de patins. Como era divertido as guerras de balão de água naqueles dias quentes, os banhos no tanque de lavar roupa para refrescar.
Recordações das brigas que fazíamos com as mães que nos mandavam entrar em casa para o banho de antes do jantar, do sono profundo após um dia bem aproveitado.
Chego em casa e vejo meu irmão mais novo no computador e me pergunto: Como será essa nova geração na vida adulta? Que lembranças terão da sua infância além do contato com uma máquina? Sinto falta do que era, e as crianças de hoje também sentirão falta da infância que perderam.
Kethlyn Martins Lourenço
Michele Caroline Cerqueira
3º01
L.P.L – Prof° Iracilde
O último adeus
Laís Meurer
Num dia ensolarado estou na igreja diante dos dois maiores homens da minha vida. Meu avô, imóvel, terno e gravata em um ataúde tendo ao seu lado meu pai. Este está imóvel também, porém sente-se contraído na dor e no desespero por ter seu pai, um homem nobre, modesto, afetuoso, ali deitado.
Percebo o sofrimento de meu pai que não quer demonstrar por achar-se forte, bravo e destemido.
Sem poder mais conter, deita-se sobre o morto e chora desesperadamente. Grita, bate no caixão, ajoelha-se, morde os lábios, arranca os cabelos. Algumas pessoas socorrem-no, mas ele bate nelas e grita para deixa-lo ali.
Fico sem entendê-lo. Meu pai, um homem sisudo, tempestuoso, perverso, valente, fazendo tal cena! Isso não! Nunca poderia imaginar!
Nesse momento, aprendi que todos, apesar da postura intrépida, viril, têm sentimento como meu pai, despedindo-se daquele que foi seu único herói.
Laís Meurer
Mayara Airoso Série: 3º02
Língua Portuguesa e Literatura – LPL
Professora: Iracilde da Rocha
Um dia qualquer
Paloma Martins
Ana Laura da Costa
Estava saindo de casa muito cedo para trabalhar. Tirei a bicicleta da garagem e de repente tive uma surpresa: o pneu furado!
Imediatamente vi meu pai saindo da garagem com o carro. Aproveitei a carona. No meio do caminho comecei a observar cada pessoa. Algumas no ponto de ônibus, outras correndo, enfim, pareciam estar todas com pressa.
Comecei a pensar em várias formas de como o dia poderia ser aproveitado. Como eu gostaria de passar momentos lindos ao lado do garoto que eu gosto, trocando ideias bacanas, que as vezes não temos coragem.
Mas como as coisas nunca acontecem como se esperam, tive que me contentar com a ideia de que estava indo trabalhar e aquele dia lindo e maravilhoso seria um dia qualquer como os outros.
Paloma Martins
Ana Laura Da Costa
LPL_professora Iracilde 3°5
Uma grande história de amizade
Bianca Hoff
Ranna Beatriz Alves Pereira
Estava observando meus amigos à procura de uma amizade que tivesse uma grande história. No mesmo momento percebi em duas amigas que todos notam que são inseparáveis e que realmente são amigas. Em 7 anos de amizade constríram uma vida juntas e muitas histórias que podem ser definidas pelas palavras “lealdade e confiança”.
Além de amigas, são praticamente irmãs. Irmãs de pais diferentes.
Todos os anos que passaram juntas, aprenderam o verdadeiro significado do que é ter alguém sempre ao seu lado. Alguém que ouve seus segredos, que faça rir quando quer chorar, que saiba quando você quer conversar e, principalmente, ser fiel.
O pouco tempo que passei observando compreendi que amizade assim não é sempre que se consegue, mas dentro de mim senti aquela certeza de que elas vão saber guiar esse sentimento e permanecerão fortes por muito tempo.
Bianca Hoff
Ranna Beatriz Alves Pereira
Professora: Iracilde da Rocha - 3°2
Simplicidade
Kleidiane Schmoller da Rosa
Vanessa dos Santos Souza
Amanhecer. Café da manhã. Escovo os dentes.
Coloco-me diante da janela. Espero mais um dia de calor com chuva.
Ao contrário das outras crianças, meu irmão, duas amigas e eu esperamos que o chão esteja seco o suficiente para quando cair a chuva, se forme o tipo de barro que nós mais gostamos.
O tempo começa a escurecer mas o vento continua a espalhar meus cabelos sobre os ombros. Com o tempo fechando, vem minha melhor amiga e sua irmãzinha, vestidas de short, camiseta velha e chinelos nos pés que seriam rudes às madames de salão. Saímos para o quintal de terra batida, para encontrá-las. Somos quatro pessoas com um entusiasmo que se encontra somente nos olhos das crianças.
Quando cai o primeiro pingo de chuva, nós já formamos as duplas que eram sempre as mesmas. Eu, minha amiga, meu irmão e a irmã mais nova, montamos nas costas uns dos outros e no meio daquela chuva que da um “banho nas casas”, formam-se poças na rua, transformando o barro vermelho, encharcando nossas roupas e deixando os muros brancos todos pintadinhos de lama, nós, na terra, brincamos de derrubar uns aos outros ao chão, a dupla que cair primeiro, perde.
E assim transcorre a tarde. Tombos, risadas que fazem a mais profunda tristeza sair de cena; o sentimento da liberdade pulsando em nossas veias, a chuva caindo em meu rosto para lavar a minha alma. É simplesmente um lindo dia. Não há como explicar o bem que faz. E no final de tudo, vamos para casa alegres, esperando pelo próximo dia.
É tudo tão simples que sinto que viverei eternamente.
Kleidiane Schmoller da Rosa
Vanessa dos Santos Souza
3°03
Prof° Iracilde R. Da Rosa
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